cover
Tocando Agora:

Lollapalooza 2025 tem último dia eclético, com boas atrações e hits de Timberlake

Justin Timberlake encerrou a programação do festival. Dia teve shows alto astral, escolhas difíceis e público eclético. Sepultura toca ‘Refuse/Resist’ ...

Lollapalooza 2025 tem último dia eclético, com boas atrações e hits de Timberlake
Lollapalooza 2025 tem último dia eclético, com boas atrações e hits de Timberlake (Foto: Reprodução)

Justin Timberlake encerrou a programação do festival. Dia teve shows alto astral, escolhas difíceis e público eclético. Sepultura toca ‘Refuse/Resist’ no Lollapalooza 2025 O terceiro e último dia de Lollapalooza 2025, que aconteceu neste domingo (30), no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, foi o mais "festival com cara de festival". Foi um dia eclético, com boas atrações, o que deixou o público com escolhas difíceis a fazer. Justin Timberlake e Tool foram as maiores atrações do line-up, dividindo o público entre fãs de metal - atraídos também pelo Sepultura - e do astro pop. O Sepultura levou sua turnê de despedida ao festival, enquanto Justin relembrou hits do auge de sua carreira. A grata surpresa foram os artistas do meio do line-up: Ca7riel e Paco Amoroso, Parcels e Michael Kiwanuka fizeram algumas das melhores apresentações do dia e conquistaram o público presente. Sem chuva e com menos lama, este domingo foi calmo para muitos fãs de música, que aproveitaram para descansar e procurar sombras entre os shows. Veja abaixo um resumo de tudo o que rolou neste domingo de Lollapalooza: Justin Timberlake se apresenta no Lollapalooza 2025 g1/Luiz Gabriel Franco Justin Timberlake Justin Timberlake é um artista de fases. Cantor de boyband, popstar do momento, badboy nos holofotes. Já foi tudo isso e, agora, vive uma era que é metade flopada, metade alvo do cancelamento online. Mesmo assim, ele mantém o dom de showman que o levou à fama. É o que o americano mostrou como headliner no Lollapalooza deste domingo. A última vez do músico no Brasil havia sido em 2017, no Rock in Rio. Oito anos se passaram desde então e, agora, ele trouxe sua turnê “A Forget Tomorrow World Tour”, baseada em “Everything I Thought It Was”, álbum lançado em 2024 que é um fiasco de audiência (e de aclamação). Mas o cantor não é bobo. Ele sabe que seu brilho era reluzente no passado — e hoje em dia só surge sob a sombra da pecha de machista que conquistou. Por isso, ele preparou um setlist focado em seus hits de pop e R&B. Leia mais sobre o show de Justin Timberlake no Lollapalooza 2025. Sepultura toca ‘Refuse/Resist’ no Lollapalooza 2025 Sepultura Um melancólico tom de despedida pairou sobre o show do Sepultura no Lollapalooza. Não só porque, simultaneamente à performance de Justin Timberlake, ela fechou a edição de 2025 do festival, mas também porque a própria banda está dando adeus aos palcos. O grupo brasileiro, considerado um dos mais importantes do metal no mundo inteiro, levou ao Autódromo de Interlagos, em São Paulo, sua turnê final, que deve durar até 2026. E, para o que pode ser a última participação da banda em um grande festival, foi uma apresentação pouco grandiosa para o tamanho do Sepultura. Leia mais sobre o show de Sepultura no Lollapalooza 2025. Tool toca 'Parabol' no Lollapalooza 2025 Tool Sem telões mostrando a banda. Sem discurso emocionado de vocalista. Sem pausas entre as músicas. O Lollapalooza Brasil recebeu nesta noite uma das atrações menos convencionais de sua história. Em São Paulo, a banda americana fez um resumo de seus 35 anos de carreira dedicados ao metal alternativo com elementos de rock progressivo, com letras que têm temáticas sombrias e reflexivas. O mar de gente com caras de admiração foi o menor dentre os headliners deste espaço de shows nesta edição. Leia mais sobre o show de Tool no Lollapalooza 2025. Bush toca 'Glycerine' no Lollapalooza 2025 Bush Em um de seus últimos shows no Brasil, o Bush sequer conseguiu encher o Credicard Hall, casa para 5 mil pessoas em São Paulo. Neste domingo de Lollapalooza, a banda britânica comprovou a máxima de que festivais potencializam shows de bandas decadentes. O grupo liderado pelo vocalista e guitarrista Gavin Rossdale, único remanescente da formação original de 1992, fez um show direto, okzinho e com uma sofrência grunge bem recebida por uma plateia considerável. Há de ser levado em conta que o Foster The People, nome do rock mais recente e menos datado estava tocando no palco principal no mesmo horário. Leia mais sobre o show do Bush no Lollapalooza 2025. Foster the People toca 'Pumped up kicks' no Lollapalooza 2025 Foster the People De volta ao Brasil pela quinta vez, o Foster The People tocou no principal palco do Lollapalooza deste domingo (30), o Budweiser, para uma plateia tão morna quanto o setlist. Foi uma apresentação que funcionou pela nostalgia. Faixas do álbum “Torches” (2011) roubaram a cena, deixando todas as outras ofuscadas. Não que isso seja uma surpresa. O Foster vive uma fase flopada (de anos), sem emplacar hits memoráveis —totalmente oposto daquilo que o grupo viveu no começo da década passada, quando se tornou nome obrigatório em rolezinhos de indie rock. Leia mais sobre o show do Foster the People no Lollapalooza 2025. Parcels toca 'Tieduprightnow' no Lollapalooza 2025 Parcels Quem foi conferir o Parcels, por gosto ou curiosidade, encontrou um dos shows mais divertidos deste Lollapalooza. A banda australiana de eletropop ganhou o horário mais cobiçado do festival, o anoitecer, e honrou a vaga com louvor. Sem concorrência exceto pelo palco eletrônico, o grupo foi atraindo um público cada vez maior ao longo do show. Bastou o comando das linhas de baixo e a guitarra funk à la Nile Rogers para a plateia se mexer - daí em diante, a banda não deixou respiro para pausa. Leia mais sobre o show do Parcels no Lollapalooza 2025. Ca7riel & Paco Amoroso cantam “EL UNICO” no Lollapalooza 2025 Ca7riel & Paco Amoroso Foi surpreendente o engajamento do público que se reuniu para assistir ao show da dupla argentina Ca7riel & Paco Amoroso. Os dois têm carreira relativamente recente (o primeiro disco saiu em 2024), estão longe de serem celebridades fora de sua terra natal e o Brasil é conhecidamente um país difícil para quem canta em espanhol. Não que eles tenham atraído uma multidão. Mas quem estava lá dançou, gritou e, sobretudo, prestou atenção. Acredite: isso não é algo tão comum nas apresentações de artistas menos conhecidos em festivais como o Lollapalooza -- em muitos casos, o que se vê é uma plateia inteira mexendo no celular. Leia mais sobre o show do Ca7riel e Paco Amoroso no Lollapalooza 2025. Micahel Kiwanuka canta 'Cold little heart' no Lollapalooza 2025 Michael Kiwanuka Neste Lollapalooza de atrações pop e rock, coube ao inglês Michael Kiwanuka fazer o show mais soul do festival. Ao subir no palco principal na tarde deste domingo, o músico britânico atraiu um público de fãs e curiosos. Tinha ao seu favor uma voz rouca, encorpada, e uma banda habilidosa. Com quase 15 anos de carreira, Michael ainda lida com uma diferença muito grande entre os públicos de casa e de fora. No Reino Unido, ele chegou ao topo dos paradas com praticamente todos os seus discos; já levou o respeitado Mercury Prize pelo álbum “Kiwanuka”, descrito pelo júri britânico como uma “obra prima”. Aqui, não era tão conhecido. Felizmente, ele veio preparado para o trabalho. Leia mais sobre o show de Michael Kiwanuka no Lollapalooza 2025. Neil Frances toca 'Music sounds better with you' no Lollapalooza 2025 Neil Frances Desde sua primeira edição brasileira lá em 2012, o Lollapalooza é conhecido por ser um festival que foca em trazer não somente nomes hypados, mas também artistas de nicho. Neste ano, o Neil Frances é um dos casos que levam à pergunta “quem são esses?”. E o duo conquistou novos fãs neste dia de Lolla. Era difícil encontrar alguém que cantasse as letras. Os dançantes, no entanto, eram muitos. A maioria do público se envolveu do início ao fim do show. Pareciam bastante interessados no som dos músicos, que curtem mesclar o analógico com o digital em músicas vibrantes. Leia mais sobre o show de Neil Frances no Lollapalooza 2025. A cantora Sofia Freire se apresenta no último dia Lollapalooza Van Campos/AgNews Sofia Freire A pernambucana Sofia Freire estreou no Lollapalooza e foi a primeira a se apresentar no palco do festival. O show foi acompanhado pela mãe, que estava emocionada na plateia durante a apresentação. Sofia se apresentou para alguns curiosos — que se divertiram durante o show — e fãs de Justin Timberlake, que guardavam um lugar na grade e permaneceram sentados na frente do palco. No fim da apresentação, ela fez um discurso sobre descentralização cultural, referenciando a música pernambucana. Leia mais sobre o show de Sofia Freire no Lollapalooza 2025.